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capítulos, que funcionam como propostas de programas setoriais, com objetivos,
métodos de ação e previsão de orçamento. Dentre os compromissos da Agenda
21, um deles é que cada país e cada região envolveriam todos os setores sociais
para estabelecerem sua própria "Agenda 21".
Seção I - Trata de temas de dimensões sociais e econômicas como a
pobreza, crescimento econômico, industrialização e degradação
ambiental, sugerindo ações, objetivos, atividades e meios de
implementação, na qual os mais diversos atores de uma sociedade, em
nível mundial, são convocados a perseguirem o desenvolvimento
sustentável que é o objetivo principal a ser alcançado pelos países que
participaram do Rio-92, e que será abordado no próximo capítulo devido
a sua grande importância. O sucesso na execução da Agenda 21 é
responsabilidade principal dos governos.
Seção II - Trata da Conservação e Gestão dos Recursos para o
Desenvolvimento, considerando-se a proteção da atmosfera, o
gerenciamento dos recursos terrestres, combate ao desflorestamento, o
manejo de ecossistemas frágeis na luta contra a desertificação e a seca,
as montanhas, desenvolvimento rural e agrícola sustentável,
biotecnologia, proteção de oceanos, recursos hídricos, substâncias
químicas tóxicas, resíduos sólidos e radioativos.
Seção III – Trata da preocupação global com o Fortalecimento do Papel
dos Grupos Principais, chegando ao Capítulo 36 onde é a Educação
Ambiental é contemplada: "[...] a promoção do Ensino, da
Conscientização e do Treinamento", além de apresentar um plano de
ação para o desenvolvimento sustentável a ser adotado pelos países, a
partir de uma nova perspectiva para a cooperação internacional.
(LERIPIO, D., 2000, grifo nosso).
Segundo Reigota (2000), “a educação ambiental brasileira é uma das
melhores e mais pertinentes do mundo.” O seu processo histórico data de cerca
de trinta anos (década de 70). É revolucionária, pois propõe mudanças, mas para
que essas transformações ocorram é necessário que haja um processo de
sensibilização daqueles que educam, prática ou teoricamente, direta ou
indiretamente, de forma intensa e constante, no desenvolvimento daqueles que
representam a geração futura.
Uma re-avaliação do conceito de educação ambiental é proposta por
Pedrini e De Paula (1998, p.91):
A prática da educação ambiental exige método, noção de escala, boa
percepção das relações entre tempo, espaço e conjunturas,
conhecimento sobre as realidades regionais e saber decodificar a
linguagem técnico-científica para os diferentes estratos dos educandos.