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Mato Grosso, Hugo José Scheuer Werle, o diretor de Florestas do órgão em
Brasília, Antônio Carlos Hummel, e o secretário estadual do Meio Ambiente do
governo Blairo Maggi (PPS), Moacir Pires, acusados de envolvimento num
esquema de extração ilegal de madeira na Amazônia que funcionaria desde
2003 em Mato Grosso. A área desmatada, segundo a PF, atinge 43 mil
hectares, equivalente a 52 mil campos de futebol. A quantidade de madeira
extraída ilegalmente daria para encher 66 mil caminhões. O volume de madeira
transportado movimentou em dois anos R$ 890 milhões. A Justiça Federal
decretou a prisão de 127 pessoas supostamente envolvidas no esquema,
sendo 93 em Mato Grosso, 2 no Distrito Federal, 2 no Paraná, 1 em Santa
Catarina, 13 no Pará, 14 em Rondônia e 2 em destino incerto.
POLÍCIA FEDERAL PRENDE 33 PESSOAS ACUSADAS DE
DESMATAMENTO ILEGAL
GAZETA DO POVO ONLINE
http://canais.ondarpc.com.br/noticias/brasil/conteudo.phtml?id=571572
09/06/2006 - 16h52
A Polícia Federal prendeu 33 pessoas acusadas de participar de um esquema
que promovia o desmatamento e a exploração ilegal de madeira da Amazônia.
As prisões fazem parte da Operação Novo Empate, iniciada nesta sexta-feira,
com o objetivo de desarticular uma quadrilha formada por empresários do ramo
madeireiro e lobistas que atuavam nos estados do Acre e Rondônia. O
esquema contava ainda com a participação de servidores do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto
de Meio Ambiente do Acre (Imac). De acordo com as investigações,
desenvolvidas conjuntamente entre PF e Ibama, o grupo criminoso fazia a
extração ilegal de madeira e obtinha lucro fraudando o sistema de controle de
Autorização para Transporte de Produtos Florestais (ATPF). A quadrilha
utilizava empresas "fantasmas" e também empresas legalmente estabelecidas
para obtenção das ATPFs. Posteriormente, segundo a PF, "esquentavam" o
estoque de madeira dos estados do Acre e Rondônia. Segundo as
investigações, um mesmo intermediário chegou a retirar 7.540 ATPFs no
Ibama do Acre no ano de 2004, o que representa quase 50% de todas as
autorizações emitidas no estado naquele ano, que foi de 15.812 ATPFs. A
Operação Novo Empate faz parte do Plano de Prevenção e Controle do
Desmatamento da Amazônia que já realizou, desde 2003, oito operações para
desmonte de quadrilhas especializadas em crimes ambientais e grilagem de
terras públicas. Para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a atual
operação da Polícia Federal é mais um aviso de que o governo federal não
deixará impunes as pessoas que destroem a natureza e significa também uma
referência histórica à luta do seringueiro Chico Mendes. “Ela dá margem a toda
a luta e o esforço do Chico Mendes e das populações regionais da Amazônia
no Acre que começaram a prática dos empates colocando seus próprios
corpos em defesa da floresta para evitar às derrubadas. O nome está ligado a
essa luta, mas só que agora um empate de novo tipo. Agora, são as
instituições públicas, a Polícia Federal, o Ibama, o Ministério Público, enfim, os
mecanismos de combate à contravenção que estão fazendo empate das
práticas ilegais” afirmou. O nome da operação faz referência à luta histórica do
sindicalista Chico Mendes, que morreu assassinado em dezembro de 1988, no
Acre. Sua vida foi marcada pela defesa do meio-ambiente e dos povos da
floresta. O "empate" era a forma de luta dos seringueiros para impedir o
desmatamento da floresta. A ação, que teve sua primeira organização em
1976, reunia homens, mulheres e até crianças para "convencer" os peões que
trabalhavam para os fazendeiros a não desmatar a floresta, porque isso
causaria impacto na vida dos trabalhadores. Em troca, ofereciam a eles a
associação no trabalho dos seringais. Como resultado das investigações da
Operação Novo Empate, foram expedidos 34 mandados de prisão. Do total, 24
são do Acre, um no Mato Grosso, oito em Rondônia e um no Amazonas.
Foram emitidos ainda, 74 mandados de busca e apreensão nos estados do
Acre, Amazonas, São Paulo, Rondônia e Mato Grosso. Os envolvidos no
esquema responderão por crimes como o de formação de quadrilha,