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Arquitetura/Urbanismo/Paisagismo126, Educação127, Cinesiologia (estudo do
movimento humano)128, Biologia129, Ecopsicologia/Psicologia Ambiental130,
126 Algumas referências citadas: BEATLEY, T. Green Urbanism: learning from european cities.
Whashington, DC: Island Press, 2000. Essa obra é citada para exemplificar a importância de estudos
científicos que apontem áreas urbanas verdes enquanto sinônimos de aumento de quantidade e de
qualidade de vida. O design verde está ganhando popularidade, sobretudo, na Escandinávia – “existe uma
noção de que as cidades são e devem ser lugares onde a natureza ocorre. Nos Estados Unidos, continua
sendo um desafio superar a polaridade entre o que é urbano e o que é natural. Talvez por causa da
imensidão de nossos recursos naturais e nossas áreas, tendemos a ver as formas mais significativas de
natureza como algo que ocorre em outro lugar – muitas vezes, a centenas de quilômetros de distância de
onde a maioria das pessoas de fato vive –, em parques nacionais, parques marinhos e outras áreas
protegidas” (LOUV, 2016, p. 47). MOORE, R. C. The Need for Nature: a childhood right. Social Justice, 24,
n.3, 1997. Esse texto é citado por Louv (2016, p. 55) para mencionar que o mesmo documenta “pela
primeira vez o encolhimento dos espaços naturais para brincar na Inglaterra urbana, uma transformação
que ocorreu em um intervalo de quinze anos”.
127 Uma das referências citadas: CLEMENTS, R. An Investigation of the State of Outdoor Play.
Contemporary Issues in Early Childhood. 5, n.1, 2004, pp. 68-80. Esse artigo é mencionado para dizer
que, dentre mães estadunidenses e seus filhos, “71% das mães de hoje afirmaram que brincavam ao ar
livre quando crianças, mas apenas 26% delas disseram que os filhos brincam ao ar livre diariamente”
(LOUV, 2016, p. 56).
128 As referências citadas não constam na bibliografia do livro. Louv (2016, p. 57), menciona a Profa. Jane
Clark, da área de Cinesiologia, da Universidade de Maryland, para explanar sobre a geração de crianças
criadas em espaços fechados e confinadas a ambiente menores. Clarck as denomina de “‘crianças
enlatadas’, pois passam cada vez mais tempo em bancos de carro, cadeirões e até cadeirinhas para ver
televisão. Quando estão ao ar livre, as crianças pequenas costumam ser colocadas em “contêiners” – os
carrinhos – e empurradas enquanto os pais andam ou correm. A maior parte desse confinamento é feita
por questões de segurança, mas a saúde dessas crianças é comprometida no longo prazo. Posteriormente,
Louv (2016, p. 57), indica um estudo publicado pelo periódico The Lancet, produzido por pesquisadores
da Universidade de Glasgow, na Escócia. Eles apontam que a atividade física das crianças de colo era de
apenas 20 minutos por dia, e que padrões parecidos foram observados em crianças da zona rural da
Irlanda. “Claramente, a ruptura entre a infância e a natureza faz parte de um contexto mais amplo: a
restrição física da infância em um mundo que está se urbanizando rápido e a experiência na natureza
como a maior vítima”.
129 Uma das referências citadas: WILSON, E. O. Biophilia. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1984.
O célebre biólogo Wilson definiu a biofilia como “‘o desejo de se afiliar com outras formas de vida’. Ele e
os colegas afirmam que os humanos têm uma afinidade inata com o mundo natural, provavelmente uma
necessidade de origem biológica para seu desenvolvimento como indivíduos. A teoria da biofilia, apesar
de não ter sido aceita por todos os biólogos, é amparada por décadas de pesquisas que revelam quão
forte e positiva é a reação das pessoas às paisagens abertas e gramadas, com árvores espalhadas,
campinas, água, trilhas sinuosas e vistas amplas” (LOUV, 2016, p. 65).
130 Uma das referências citadas: ROSZAK, T. The Voice of the Earth. New York: Simon & Schuster, 1992.
Louv (2016) cita Roszak como um dos pesquisadores responsáveis pela notoriedade deste campo
interdisciplinar relativamente novo – a Ecopsicologia – que tem suas bases na Psicologia Ambiental.
Roszak afirma que “a psicologia moderna separou a vida interior da exterior e que reprimimos nosso
‘inconsciente ecológico’, que fornece ‘nossa conexão com nossa evolução na terra’. Em anos recentes, o
significado do termo ‘ecopsicologia’ evoluiu para incluir terapia natural, que não apenas pergunta o que
fazemos com a terra, mas o que a terra faz por nós, por nossa saúde” (LOUV, 2016, p. 65). Ainda
mencionando Roszak, em relação a uma consideração que ele faz a respeito do Diagnostic and Statistical
Manual, escrito pela American Psychiatric Association, cita que “‘relações ambientais disfuncionais’ não